sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Batalha de Salamina foi o combate entre a frota persa, liderada por Xerxes e a grega, comandada por Temístocles. O acontecimento deu-se no estreito que separa Salamina da Ática, possivelmente no dia 29 de Setembro de 480 a.C. e terminou com a vitória  grega.
Após as vitórias persas na Tessália e em Termópilas, a devastação da Beócia e da Ática, o rei persa Xerxes entrou em Atenas, destruindo inclusive os monumentos da Acrópole, desenvolvendo aquela que ficou conhecida pela Segunda Guerra Médica.
Enquanto os coríntios e os espartanos defendiam uma acumulação militar no istmo, Temístocles concentrou a frota de 200 embarcações (trirremes) na baía de Salamina, enfrentando a frota persa, que, apesar do seu maior número, tinha dificuldades evidentes de maneabilidade no espaço exíguo do estreito, pelo que foi completamente derrotada pelos gregos. Xerxes foi obrigado a regressar à Ásia, deixando o comando das tropas restantes ao seu lugar-tenente Mardónio, que seria derrotado em 479 a.C. na batalha de Platea e Micala, nas costas da Ásia Menor.
Diante da necessidade de organizar a defesa e de equipar o exército, Atenas liderou a formação da Confederação de Delos, uma aliança entre várias cidades-estados gregas que deveriam contribuir com navios ou dinheiro nos gastos da guerra.



sábado, 16 de outubro de 2010

O PENSAMENTO DE ARISTÓTELES

Aristóteles foi viver em Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão, tornando seu discípulo. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedónia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.c, a escola Liceu, voltada para o estudo das ciências naturais.

         "Mestre dos que sabem", assim se lhe refere Dante na Divina Comédia. Com Platão, Aristóteles criou o núcleo propulsionador de toda a filosofia posterior.
Mais realista do que o seu professor, Aristóteles percorre todos os caminhos do saber: da biologia à metafísica, da psicologia à retórica, da lógica à política, da ética à poesia. A obra Aristotélica só se integra na cultura filosófica europeia da Idade Média, através dos árabes, no século XIII

Para Aristóteles a divindade não tem a faculdade da criação do mundo, este existe desde sempre. Aristóteles opõe-se, frequentemente, a Platão e à sua teoria das Ideias.
Aristóteles é o criador da biologia. A sua observação da natureza, sem dispor dos mais elementares meios de investigação.
A ele se deve a origem da linguagem técnica das ciências e o princípio da sua sistematização e organização.
Enquanto Platão age no plano das ideias, usando só a razão e mal reparando nas transformações da natureza, Aristóteles interessa-se por estas e pelos processos físicos.
Para Platão a realidade é o que pensamos. Para Aristóteles é também o que percepcionamos ou sentimos.

A Lógica é a arte de orientar o pensamento nas suas várias direcções para impedir o homem de cair no erro.
O Organon ficará para sempre um modelo de instrumento científico ao serviço da reflexão.
Também na Poética, o contributo ordenador de Aristóteles será definitivo: ele estabelecerá as características e os fins da tragédia. Uma das suas leis sobre ela estender-se-á, por séculos, a todo o teatro: a regra das três unidades, acção, tempo e lugar.
O filósofo valorizava a inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Fez escola e seus pensamentos foram seguidos e propagados pelos discípulos. Pensou e escreveu sobre diversas áreas do conhecimento: política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia,   metafísica, didáctica, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia. Publicou muitas obras de cunho didáctico, principalmente para o público geral. Valorizava a educação e considerava uma das formas de crescimento intelectual e humano. Sua grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos.