sábado, 26 de fevereiro de 2011

Arquitectura Moçárabe
arquitectura moçarabe é caracterizada principalmente pela construção de igrejas. Estas eram feitas em pedra, com aparelho de boa silharia, por vezes alvenaria e tijolo; possuiam plantas de cabeceira recta e absides contrapostas; utilização de arcos em ferradura, de inspiração califal, com molduração rectangular, em alfiz, e decoração com motivos vegetalistas e geométricos; uso de coberturas de abóbadas (canhão, de aresta e ou galonadas) ou planas e em madeira, cobertas com telhados de duas águas.





Texto: http://umolharsobreomundodasartes.blogspot.com/2010/11/arte-medieval-arte-mocarabe.html

Imagens: http://www.google.pt/images?hl=pt-pt&sugexp=gwbs0d20&xhr=t&q=arquitectura+mo%C3%A7arabe&cp=14&rlz=1R2RNSN_pt-PTPT401&wrapid=tljp1298741921452018&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1259&bih=541

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i3dwMfP3FUo
Canto Gregoriano












Uma "partitura" para canto gregoriano


O canto gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.
As características foram herdadas dos salmos judaicos, assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados por Gregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.
Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.












Texto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Canto_gregoriano

Imagens:  http://www.google.pt/images?hl=pt-PT&biw=1276&bih=541&q=canto+gregoriano&rlz=1R2RNSN_pt-PTPT401&wrapid=tlif129873864238811&um=1&ie=UTF-8&source=univ&sa=X&ei=1y1pTeGyCIan8QPBxMjyBw&ved=0CDYQsAQ

Vídeos: http://www.youtube.com/watch?v=WXsJmNENn2o&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=lfwuZaf6WXw

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Escultura Românica

     A ornamentação escultórica, frequente nos pórticos das igrejas, era também costumeira nos capitéis das colunas. Correspondia, como a pintura, a uma intenção didáctica: narrava episódios religiosos com a finalidade de doutrinar os fiéis, em sua maioria iletrados, por meio de linguagem visual expressiva e clara.
     A escultura e a pintura românicas não se propunham à representação fiel da natureza. Tendiam, antes, a uma generalização dos traços e ao expressionismo, por enfatizarem os estados psicológicos e por darem tratamento exagerado a certos aspectos da fé, de modo a realçar as representações de interesse doutrinário, como as do mal, do pecado e do inferno.
     A figura humana era representada como arquétipo, e não com traços individualizados. Havia convenções para a conformação dos corpos, as roupagens e a escala das figuras, sendo maiores as que ocupavam posição superior na hierarquia (as imagens de Deus, da Virgem e dos principais santos). Essa mesma hierarquização prevaleceu na pintura.
     A escultura estava intimamente associada à arquitectura. Suas figuras, assim, ora se alongavam nas colunas, ora decoravam os capitéis e arquivoltas, ora ainda compunham, nos tímpanos, cenas repletas de personagens.
     Nos tímpanos, espaços semicirculares sobre as portas das igrejas, representavam-se as cenas de maior importância: o Todo-Poderoso -- o Pantocrator --, rodeado pelos símbolos dos evangelistas, ou o Juízo Final. Entre os exemplos mais significativos, destacam-se os de Moissac e Vézelay, na França, bem como os tímpanos de San Isidoro de León e da catedral de Santiago de Compostela, na Espanha.
     Além de assuntos oriundos do Antigo e do Novo Testamentos, proliferaram na escultura os temas do quotidiano e os extraídos de fábulas, nos quais se alcançou elevado grau de fantasia, notável nos capitéis de claustros como o de Santo Domingo de Silos, na Espanha.
     Com o tempo, a escultura românica tornou-se mais naturalista. Assim como o estilo depurado se mostrou menos rígido, menos propenso às convenções, a sujeição da escultura à arquitectura se mostrou menor, permitindo que as figuras ganhassem bastante autonomia em relação ao espaço.
     Ocorreram evidentes progressos na transcrição da anatomia humana, na técnica do modelado e na expressão de sentimentos, à medida que a escultura românica distanciou-se da influência bizantina para atingir, no século XII, seu apogeu.












Texto:http://www.pitoresco.com.br/italiana/romanico.htm

Imagens:http://www.google.pt/images?hl=pt-PT&sugexp=gwbs0d20&xhr=t&q=escultura+romanica&cp=16&rlz=1G1TSEA_PT-PTPT404&wrapid=tljp1298215755247018&um=1&ie=UTF-8&source=univ&sa=X&ei=XDNhTYiuFcbdsga1_sG1CA&sqi=2&ved=0CEkQsAQ&biw=1276&bih=541

Video: http://www.youtube.com/watch?v=u-WdXLxkPCU

domingo, 6 de fevereiro de 2011


Renascimento Otoniano

- Em meados do séc. X, a Alemanha era governada por Otão I, que aproveitou a crise política que arrasava o Norte da Itália e de pequenos reinos vizinhos, para os conquistar. Assim nasceu o Império Germânico que, embora mais pequeno e frágil que o Sacro-Império de Carlos Magno, pretendia cumprir a mesma função;
- Tal como Carlos Magno, Otão procurou desenvolver a cultura e a arte - o Renascimento Otoniano, que se fez sentir entre 936 e 1024;
- Inspirou-se na tradição romana e na arte bizantina e carolíngia, mas criou um novo modelo, que será adoptado mais tarde pela arquitectura românica alemã: planta de dupla cabeceira e entradas laterais, com dois transeptos contrapostos, com tribuna e com torres nos cruzeiros e nos extremos dos transeptos;
- De todas as construções feitas neste período destacam-se principalmente: a Igreja de S. Miguel de Hildesheim, a de S. Ciríaco de Genrode e a Abadia de S. Jorge de Oberzell.



Igreja de S. Miguel de Hildesheim, Saxónia, c. 1010-1030

Renascimento Carolíngio

A obra levada a cabo pelos Carolíngios durante o império iniciado por Pepino, o Breve, quando eliminou os merovíngios em 751 e foi eleito rei pelos francos, designa-se por "Renascimento Carolíngio", sendo este período caracterizado pela confluência do purismo anglo-saxão, da tradição romana e das técnicas bizantinas. Seria Carlos Magno o obreiro da união de todo o Ocidente cristão, tendo sido sagrado imperador em 800. O império duraria até 843, quando aplicaram as disposições do tratado de Verdun, que o divide em três partes. A organização do império tanto por Pepino, o Breve, como por Carlos Magno teve como consequência um enorme desenvolvimento artístico, cujos aspectos mais interessantes se encontram na arquitectura e na pintura através de frescos e de iluminuras. As artes sumptuárias e a escultura em marfim atingem a máxima expressão. As balizas cronológicas apontadas para esta renovação cultural vão de 780 até às invasões dos Normandos em 887. No entanto, o seu reflexo vai muito para além daquela data, manifestando-se ainda nas reformas monásticas do século X.
Notou-se, então, uma verdadeira preocupação em elevar o nível intelectual e moral dos francos. Naturalmente que o clero teve um grande peso na construção da nova face cultural, com a criação de novas escolas catedralícias, monásticas e presbiteriais nas áreas rurais. Apesar de vocacionadas para a formação do clero, estas escolas eram igualmente abertas aos laicos que as quisessem frequentar. As escolas elementares dedicaram-se ao ensino das artes liberais, etapa fundamental de preparação para estudos mais aprofundados. Para atender às necessidades impostas pela reforma do ensino, Carlos Magno promoveu a vinda de professores estrangeiros que passaram a fazer parte daquilo a que se chamou "a academia do palácio", composta por italianos, irlandeses e anglo-saxões.
Tratou-se também de uma cultura renovada ao nível dos aspectos religiosos, tendo como principais centros Fulda, Luxeuil e Tours, onde os monges se empregaram nos seus scriptoria copiando a Bíblia, obras eclesiásticas ou livros clássicos como os de Virgílio, aos quais aplicavam um excepcional trabalho de iluminura que muitas vezes ocupava a totalidade da página. Nestes trabalhos estão patentes influências clássicas, bizantinas ou irlandesas, nomeadamente no uso de grande quantidade de decoração composta por entrelacs. Foi uma renovação que experimentou um regresso à antiguidade e colocou os legados antigos ao serviço do cristianismo, preservando-os para as épocas posteriores. Fruto do esplendor alcançado, perdurou uma forma de escrita própria de um novo império - a carolina (ou carolíngia).
Foi principalmente na arquitectura que se manifestaram os objectivos mais elevados dos protagonistas da organização do império, ilustrando bem as transformações ocorridas no âmbito da religiosidade, nomeadamente em relação à liturgia. Aproveitam-se influências de Bizâncio em Aix e Germigny. Constituiu, de facto, uma síntese das diferentes correntes artísticas do Ocidente que se concatenam durante o reinado de Carlos Magno: influências da antiguidade trazidas via Itália e Bizâncio e influências provenientes da Inglaterra e da Irlanda.